Em mais um post retirado de outro blog, desta vez falando sobre o cenário atual das redes sociais, principalmente no Brasil. A grande questão do post é questionando quem está por trás das mídias sociais, mesmo com tanta facilidade para comprar computadores e obter internet será que as pessoas por trás disso tudo, em sua maioria, são parte da elite da sociedade?
Redes sociais são terrenos elitistas?
Redes sociais são os assuntos do momento. Tanto que quando te perguntam se você participa de alguma e você responde que não, já te olham de lado, como se você tivesse acabado de sair de uma clausura de 10 anos numa caverna. Para você ser uma pessoa antenada, descolada, atualizada com o que rola no mundo, tem de entrar na onda das redes. Mas, para estar nas redes, precisa-se de recursos que não são tão populares assim e sabemos que nem todos podem arcar com eles. Dessa forma, seriam as redes sociais uma terra onde só acessa quem tem dinheiro?
Redes sociais: terra elitista?
Ter presença marcante nas redes sociais exige dedicação e regularidade. Para estar regularmente nas redes, necessita-se de algum dispositivo (um computador pessoal, notebook ou dispositivo móvel como um smartphone ou o novíssimo iPad), de conexão com a Internet e de disponibilidade para acessar as redes e atualizá-las. Sem esses três fatores, consegue-se, no máximo, entrar para a estatística da maioria dos perfis das redes, que as acessam esporadicamente e por pouco tempo, o que não é o bastante para gerar uma presença online.Boa parte das pessoas acessa as redes sociais do trabalho
Certo, e nesse caso a empresa fornece, indiretamente, os recursos acima citados. Além disso, pode-se dizer que ter um emprego onde se permite ficar acessando as redes sempre que se deseja também seria um “aspecto elitista”. Alguém que trabalhe na construção civil como ajudante ou numa fábrica, na linha de produção, não tem como estar presente dessa maneira.Mas computador está barato e lan house tem em todo lugar!
Concordo. Acontece que o baixo preço dos PCs atende apenas a um dos fatores. Também se precisa de uma conexão razoável, senão torna-se sofrível usar as redes sociais, assim como ter condição de interagir a ponto dos outros que lá estão saberem que você existe e te reconhecerem as próximas vezes que entrar. Já no caso das lan houses, ou cybercafés, o fato de ter de pagar por cada acesso encarece para quem ganha pouco, e quem tem rendimentos razoáveis não precisa de lan houses.Então, só entra quem é rico?
Não é isso. Estou apontando que para realmente estar nas redes, ser reconhecido, interagir bem, conseguir amizades e contatos comerciais e até mesmo ganhar algum dinheiro com elas, precisa-se atuar de verdade, estar presente. Todos podem entrar, basta ter conhecimento básico de informática. Porém, para ser alguém lá dentro, os fatores dispositivos/conexão/tempo são cruciais, e poucos dispõem disso.Tecnologia nos países em desenvolvimento sempre foi predominantemente elitista. Após o barateamento dos produtos, as classes sociais mais pobres puderam começar a engatinhar na Internet. Contudo, ser um heavy user das redes sociais ainda é coisa para poucos, onde os fatores econômicos contam muito.