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Biohacking e Transhumanismo. Digital, biológico e futurístico. #cpbr6

Na noite do dia 30, no Palco Principal, Luli Radfahrer vestido de lixeiro deu a sua palavra sobre o que realmente vamos ver nos próximos anos, coisas que realmente estão mudando a forma como o ser humano pensa sobre si mesmo e sobre o seu futuro, ideias e conceitos que vão muito além de redes sociais e jogos de computador.
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Luli lembra que apesar de muita gente não ter percebido, 2012 foi um grande ano para a tecnologia. Conseguimos colocar um robô em Marte, conseguimos criar impressoras 3D com perspectiva de imprimir qualquer coisa a um custo cada vez menor e conseguiram criar exoesqueletos que possibilitam pessoas que usam cadeiras de rodas a começar a caminhar. Fora todas as outras várias tecnologias que começaram a se tornar mais acessíveis ou que estão sendo testadas em diversos laboratórios ao redor do mundo.
Para 2013 podemos esperar muito mais coisas, principalmente na nossa vida cotidiana. Como mostra na imagem abaixo, Luli acredita que em 2013 vamos ver falar muito sobre diversas tecnologias que já temos disponíveis hoje ou que já estão conosco a anos, mas que nunca foram exploradas.

Luli cita diversas tecnologias e conceitos que devem aparecer com maior frequência em 2013.
Luli cita diversas tecnologias e conceitos que devem aparecer com maior frequência em 2013.

Segundo ele, apesar de tantas inovações, nas últimas décadas inventamos basicamente 5 grandes coisas. PC, Notebook, Console, Smartphone e Tablet. Todas as outras tecnologias foram evoluções, melhorias ou funções extras para estas mesmas tecnologias.
Todos se perguntam o que vai ocorrer com as tecnologias que temos hoje e para onde elas estão andando. Por exemplo, para onde a televisão está caminhando? Para ele, estamos indo para o Pós-TV, que não será através da tecnologia 4k (também chamada de Ultra HD), mas sim através do conteúdo e da interação com a televisão.
As empresas começam a pensar de forma vertical, algo que a Apple já pensou antes. Empresas de software começam a criar o seu próprio hardware e vice-versa. Todos querem ter mais controle sobre todo o seu ecossistema, ao invés de ficar dependendo dos outros. Microsoft criou o seu próprio tablet, Google/Amazon os seus próprios smartphones/tablets e a Samsung começa a trabalhar em seu próprio Sistema Operacional. É uma nova forma de encarar o mercado de consumo da tecnologia.
Estamos chegando a 7ª internet, mas quais são as outras 6?

  1. Arpa Network (A rede criada para fins militares);
  2. Internet do Computador ou Telefone (Quando tínhamos que escolher entre usar o telefone ou pagar uma fortuna para navegar na internet);
  3. Internet em Banda Larga (As pessoas começaram a ter acesso ilimitado a internet. Postar conteúdo é de graça);
  4. Internet dos Aplicativos (Todos os serviços começam a se transformar em aplicativos, a internet funciona através deles);
  5. Internet da Nuvem (Os arquivos nãos e encontram no sue computador, estão na “nuvem”, estão espalhadas pelo mundo, descentralizados);
  6. Internet das Coisas (Os seus objetos eletrônicos tem a sua pŕopria rede e se comunicam entre si. Sua geladeira avisa que o leite está acabando, por exemplo);
  7. Wetware (A internet como algo biológico. Wetware é no ser humano o que hoje temos como software e hardware nos computadores);

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Luli fala sobre o Node e os vários sensores que você pode usar de forma inteligente para monitorar contextos.

A partir do momento que podemos medir e mensurar tudo, afinal, as ferramentas já estão ai, podemos tomar decisões com mais firmeza. Como Luli lembra, quando você vai começar um regime, a primeira coisa que você faz é medir. “Enquanto você não mede, você não muda.”. E agora que podemos medir quase tudo? Medir comportamento biológicos e neurológicos do nosso corpo em tempo real e conseguimos acessar estas informações através dos nossos smartphones, como vamos lidar com as questões de saúde e qualidade de vida?
Todo esse “apoderamento” que estamos dando a tecnologia mostra que cada vez vamos depender mais delas, automaticamente, vamos acabar dependendo mais das empresas que criam ela e que podem ter acesso a nossos dados. Então, antes que alguém da plateia indagasse: “E A PRIVACIDADE?!”. Ele respondeu:

“Não precisamos ser tão radicais e exigir que as empresas não tenham/guardem os nossos dados, afinal, isto é usado para muitas coisas. Precisamos que elas sejam mais transparentes com os nossos dados, fazer com que tenhamos mais controle sobre como estão armazenando, quem está tendo acesso e como estão sendo manipulados.” Luli Radfahrer

Temos acesso a tecnologias cada vez mais surpreendetes e o mais impressionante é que elas estão cada vez mais acessíveis. Identificar o seu genoma custava 1 bilhão de dólares em pesquisas a 20 anos atrás. Hoje, está mesma tecnologia pode ser comprada pela internet pelo valor de 100 dólares! 100 DÓLARES! Agora some todo este avanço tecnológico nesta velocidade estratosférica ao fato de que nos próximos anos o número de internautas aumentará exponencialmente, trazendo milhões de novas cabeças para pensar sobre como estas tecnologias e inovações nos afetam.
Obs.: Assim que possível quero trazer os slides do Luli aqui no post, acho que há vários outros termos que podem agregar as discussões sobre o nosso futuro. Espero que ele disponibilize.

Por Dennis Altermann

Criei este blog para compartilhar alguns conteúdos relevantes sobre comunicação digital e o impacto dos meios digitais na sociedade. Aproveita para interagir comigo lá no Twitter @eu_Dennis