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A web deve ser aberta no universo mobile também. #cpbr7

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Para Carlos Domingo, Presidente e CEO da Telefonica I+D (Pesquisa e Desenvolvimento), a internet móvel está crescendo rápida e precisamos garantir que ela seja o mais aberta possível, assim como a internet que conhecemos já é.
No palco principal da Campus Party o Carlos mostrou a importância da web aberta, principal bandeira da fundação Mozilla (responsável pelo Firefox), organização o qual a Telefonica tem feito grandes parcerias. Em uma busca histórica, é possível perceber que a web começou como algo aberto e assim que algumas empresas viram nela uma possibilidade de controle, logo o fizeram.
O principal exemplo foi a primeira guerra dos navegadores, que ocorreu na metade dos anos 90 quando o Netscape, que dominava sozinho o recém criado mercado de navegadores, viu a sua popularidade cair com a chegada do Internet Explorer pré-instalados na máquinas com o sistema operacional Windows. Por sua vez, o Windows, que dominava o mercado de sistemas operacionais, simplesmente obliterou a concorrência e em poucos anos tomou a frente deste mercado. O Netscape, que não tinha o poder de marketing e nem um sistema operacional como a Microsoft, viu o seu market share cair de mais de 90% para menos de 1% em poucos anos – e finalmente ser fechado em 2013.
No começo dos anos 2000, surge a organização sem fins lucrativos chamada de Mozilla, que trouxe o famoso navegador Firefox para concorrer com a soberania do IE. Após alguns anos, o Google se junto a luta trazendo o Google Chrome. A vantagem que o Firefox e Chrome traziam é a luta pela “web aberta”, a difusão de padrões web e a descentralização dos navegadores. Hoje sabemos que essas iniciativas surtiram efeito, já que o IE perdeu bastante do seu mercado e já não é mais o navegador mais usado no mundo.
Com essa segunda guerra dos navegadores chegando ao fim (pelo menos começando a se estabilizar, de alguma forma), surgem os dispositivos móveis, que ganharam popularidade com os lançamentos do iPhone (2007) e iPad (2010). Agora não era mais a Microsoft a dominar os desktops, é a Apple a dominar os smartphones e tablets. Alguns anos se passaram e o Google resolveu entrar na disputa, trazendo o sistema operacional Android, hoje um dos mais vendidos dentro da área de mobile. Mas tanto a Apple como o Google, ambas empresas privadas, lutam entre si pelo mercado que ganhou um terceiro concorrente, a Microsoft. As 3 empresas juntas dominam com folga o mercado de sistemas operacionais para dispositivos móveis, o problema é que todas defendem seus interesses e não podem ser consideradas “abertas” – nem mesmo o Android, que não é tão aberto como diz ser.
Qual é o desafio? Garantir que essa transição do desktop para o mobile seja feita de forma aberta, visando a livre concorrência e garantido uma internet democrático e aberta. Ao contrário do ecossistema do desktop, que se concentra em navegadores (prova disso é o Chrome OS, um SO baseado em um navegador), no mobile está tudo centrado nos aplicativos que são criados através de tecnologias proprietárias e funcionam de acordo com as regras das empresas que controlam estes sistemas (Apple, Google e Microsoft).
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Nesse mercado surge o Firefox OS, anunciado oficialmente em 2012, representando uma união entre a Mozilla (que estava criando o Boot To Gecko) e a Telefonica (que estava criando o Open Web Device). Ambas empresas tem o mesmo objetivo, facilitar o acesso a web mobile para mais pessoas, por isso seu foco em aparelhos de baixo custo e acessíveis.
Será que a Mozilla e Telefonica vão conseguir uma fatia relevante do mercado? É difícil dizer, afinal, a Microsoft com todo seu investimento e poder passa por tremenda dificuldade para popularizar o seu Windows Phone em um mercado dominado por iOS e Android.
[youtube http://youtu.be/2M_92uuH4Fg /]

Por Dennis Altermann

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